Projeto Cosmético de Base Florestal da Amazônia

A Amazônia tem sido fonte de inspiração para lançamentos no mercado de cosméticos, em função da riqueza da sua biodiversidade, do exotismo de seus produtos e pelo fator de estimulo ao desenvolvimento sustentável.

É um momento único para a região Amazônica já que essa demanda permite o desenvolvimento de toda uma cadeia produtiva no setor, criando oportunidades ao longo do processo e mobilizando as MPE.

O Brasil já elaborou um marco legal para o acesso ao patrimônio genético, a contemplando proteção e acesso ao conhecimento tradicional associado, repartição de benefícios e o acesso à tecnologia e transferência de tecnologia para sua conservação e utilização. O marco legal que o regulamenta é uma Medida Provisória, com base na Convenção sobre Diversidade Biológica.

A Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos apresentou um crescimento médio anual de 10,5% nos últimos 15 anos. Em 2015 a projeção para o mercado brasileiro de consumo de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos é de US$ 50,5 bilhões e na China de US$ 33,7 bilhões.

Diante de um mercado promissor é necessário que a base da cadeia produtiva esteja organizada, caso contrário não será possível planejar e projetar crescimento neste mercado.

Este foi o interesse do Sebrae nos últimos anos (2007-2010) quando foi desenvolvido o projeto Estruturante de Produtos Florestais Não Madeireiros na Amazônia que apresentou como resultado o estudo das cadeias produtivas do Açaí, Babaçu, Unha-de-gato, Andiroba, Castanha do Brasil e Copaíba.

Foram realizados mapeamento de todos os processos envolvidos na cadeia possibilitando através dos resultados alcançados, conhecer todas as fases para alcançarem o processo de produção destas espécies e por conseguinte da matéria-prima, no entanto, os estudos desenvolvidos foram até a porta das fábricas pois não era interesse do projeto pesquisar sobre as características do óleo e suas qualidades.

Através do Estruturante Cosmético de Base Florestal da Amazônia, o SEBRAE alcançará maior conhecimento dos aspectos limitantes da cadeia de cosmético na Amazônia possibilitando uma atuação de forma mais eficiente promovendo melhorias para as MPE deste segmento fomentando o desenvolvimento do setor de forma sustentável através da inclusão social, do estímulo ao empreendedorismo e da inovação tecnológica na Amazônia.

Este projeto atende a atual missão do Sebrae que é promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas e fomentar o empreendedorismo.

Por meio da geração de informações, estudos e resultados, os gestores terão uma visão mais abrangente dos diferentes aspectos desenvolvidos nas médias e pequenas empresas e, a partir de então, poderão atender as MPE dentro de uma contextualização atualizada para a indústria de cosméticos na Amazônia.